e-Sports e o reconhecimento feminino: chegou a vez de elas brilharem

Mulher jogando eSports com headset

Foto: RODNAE Productions / Pexels

Diferentemente dos esportes tradicionais, como futebol e vôlei, que já estão consolidados, os jogos eletrônicos ainda sofrem preconceito por parte de quem não os conhece. Para muitos, é apenas uma forma de lazer e não uma profissão. E uma maneira de os homens se entreterem, não as mulheres.

A boa notícia é que as mulheres interessadas em e-Sports têm mais oportunidades nos dias de hoje, ainda que haja um longo caminho a percorrer. Em diversos torneios, a participação feminina está aumentando, e já existem até destaques entre as participantes, como é o caso da Amanda “AMD” Abreu.

Nesta entrevista ao site de eSports bets Betway, ela contou sobre a própria jornada e como enxerga o futuro das mulheres nessas competições!

Ter referência é importante

Um dos motivos que ajudam a imaginar um futuro mais feminino no e-Sports são as referências. Há alguns anos, apenas homens participavam dos torneios. Conforme as mulheres foram se desafiando e marcando presença, outras jogadoras se inspiraram a fazer o mesmo. Afinal, é difícil imaginar que se pode fazer algo quando não se vê uma pessoa parecida fazendo igual.

No caso de Amanda, o primeiro mundial foi decisivo para mostrar que ela estava no lugar certo e poderia seguir na carreira. Isso porque a jovem fez amizade com quem já estava no mercado, por exemplo, Dinha, May e Suzi.

Porém, a jogadora que mais a influenciou foi Olga Rodrigues, que conheceu quando trabalhava pela BootKamp. “Eu aprendi muito com a Olga e com a sua luta. Na verdade, a gente lutou bastante. O exemplo que a Olga me deu de estar sempre de bem com a vida mesmo em meio a tantas dificuldades, é algo que eu quero carregar para a vida”, afirma.

O esforço delas ainda é maior

Embora haja um aumento de mulheres nos jogos eletrônicos, isso não significa que o caminho delas ficou mais fácil. Na verdade, muitas vezes, é necessário demonstrar um esforço bem maior para ser notada.

Ao falar de Olga Rodrigues, Amanda reconhece o quanto a jogadora precisou lutar para chegar aonde chegou. “Naturalmente, a gente tem que se esforçar dez vezes mais somente por ser mulher. Eu não falo isso para romantizar o esforço excessivo dela, mas sim pela força que ela teve de, mesmo precisando de isso tudo, não ter desistido. Torço muito por ela e, se ela está onde ela está, é porque precisou lutar não dez, mas cinquenta vezes mais para isso”, conclui.

Futuro das mulheres no e-Sports

Como a presença das mulheres nos e-Sports começou recentemente, elas ainda têm muito chão para lutar e brilhar. Sem contar que algumas das jogadoras mais experientes, incluindo a Amanda Abreu, possuem projetos para dar mais oportunidades para mulheres seguirem no esporte.

Por terem sentido na pele o que é o machismo, e até o próprio preconceito contra essas modalidades, elas desejam mostrar para a sociedade que o esporte é transformador e para todos – independentemente se é tradicional ou eletrônico.

“De certa forma sou uma entusiasta do cenário feminino porque fiz alguns projetos no começo do competitivo feminino de CS:GO aqui no Brasil. Na verdade, os projetos eram para que ele pudesse existir e para que as meninas pudessem de fato jogar”, afirma na entrevista ao site Betway. Então, agora é esperar que, cada vez mais, todos tenham oportunidades de entrar para o universo dos jogos eletrônicos.

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