Investimentos em infraestrutura devem aproximar casas inteligentes dos brasileiros
Você já ouviu falar em casa inteligente? Luzes que acendem com a chegada de alguém no ambiente, capa de colchão que mede batimento cardíaco, sistemas de som e de ar condicionado funcionando automaticamente, sensores de segurança que detectam a presença de gás ou fumaça no ar. Isso tudo é possível em uma casa inteligente.
A automação residencial é um conjunto de tecnologias responsável pela pré-programação de funções coordenadas automaticamente. Em um nível mais básico, os recursos são acionados pelo próprio usuário utilizando smartphones, tablets, painel eletrônico ou controles. Em outro grau mais avançado de automação, a casa é inteligente e aciona os comandos automaticamente, sem interferência do consumidor.
Para que isso seja possível, conectividade é essencial. No ranking global de conectividade, feito em 2018 pela Huawei, o Brasil figurou na 44ª colocação. Dentre os países da América Latina, ficamos atrás somente do Chile, que ocupou o 33º lugar. Embora o cenário não seja tão desenvolvido como nos Estados Unidos, Singapura e Suíça, o estudo revelou que, nos últimos anos, o Brasil avançou na cobertura da rede 4G, nos investimentos em Big Data e na computação em nuvem.
Apesar do avanço conquistado nos últimos anos, é primordial que aumentem os investimentos em infraestrutura para a melhoria de qualidade da rede por meio da instalação de antenas e fibras óticas. No entanto, especialistas dizem que é necessário que algumas mudanças aconteçam para que as empresas destinem mais aportes financeiros. É preciso acelerar o processamento de licenciamento e criar legislações que possibilitem e viabilizem os investimentos.
Naturalmente, grandes cidades serão as primeiras beneficiadas com a expansão da conectividade. O desafio posterior será levar a ampliação da cobertura para locais mais distantes. Com a alta demanda por parte dos consumidores que, a cada dia, utilizam mais a internet via celulares e tablets, o dinheiro destinado à telecomunicação tende a aumentar.
Diante da expectativa de mais investimentos em infraestrutura de qualidade nos próximos anos, espera-se que o Brasil cresça sua estrutura de fibra ótica e, posteriormente, do 5G. Segundo estudos, 90% da população brasileira já têm acesso ao 4G. A tecnologia está presente em 3259 municípios.
Segundo o estudo da Huawei, os incentivos para o setor de telecomunicação também devem vir via governo federal com o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). A iniciativa visa tornar os custos com fornecimento de internet mais baratos, ampliando o alcance de conectividade.
Com a melhora da infraestrutura para serviços de telecomunicação, incluindo a fibra ótica, o Brasil conseguirá avançar nos projetos de casas inteligentes. Confira alguns dos benefícios da automação residencial:
Proteção: segurança é um dos principais atrativos neste mercado. Fechaduras eletrônicas ou biométricas são dois exemplos. A primeira possui um código de barras que é lido pela câmera do celular. Com o celular e fechadura conectados, é possível abrir e fechar a porta à distância e receber uma notificação no smartphone toda vez que alguém entrar ou sair da casa.
Já a fechadura biométrica, como o próprio nome sugere, faz a identificação e controle de acesso via impressão digital de pessoas cadastradas. Esses produtos têm conexão wi-fi e permitem que o usuário libere remotamente, a entrada e saída de pessoas via celular. A fechadura também gera um relatório que aponta quem e quando passou pela porta.
Casas monitoradas à distância: com um sistema de câmeras de segurança conectado, é possível ligá-las, desligá-las e movimentá-las de um lado para ou outro sempre que quiser. Também é possível ativar alarmes, caso seja identificado algum movimento suspeito.
Praticidade e conforto: na palma da mão e à distância é possível controlar iluminação, cortinas motorizadas, persianas elétricas e até a irrigação das plantas. Tocar músicas e controlar volumes, ligar e desligar a TV ou home theater e automatizar a temperatura do ambiente são outros benefícios das casas inteligentes.
Economia: o investimento para se ter uma casa automatizada pode ser alto, mas consumidores dessas tecnologias são beneficiados com uma conta de energia mais barata, graças ao uso inteligente de recursos.
Isso acontece porque existem soluções voltadas para o consumo de energia otimizado, que desligam luzes ou aparelhos inativos depois de um determinado tempo. Outro recurso monitora em tempo real e faz projeções do consumo de água. Para quem demora muito tempo no banho e precisa economizar, há um dispositivo que notifica quando é atingido um determinado limite.
Investimento em infraestrutura, avanço das telecomunicações, dispositivos conectados e casas inteligentes devem contribuir para uma melhora na qualidade de vida, no conforto, na comodidade e na segurança dos brasileiros nos próximos anos. Isso também deve gerar novos mercados e, consequentemente, novos empregos.
Então, de todas essas tecnologias no estilo de “Os Jetsons”, qual você gostaria de ter na sua casa?