Apesar da queda nos lucros do iPhone, Apple cresce em serviços, wearables, Macs e até iPads
A Apple divulgou ontem seus resultados financeiros do último trimestre e o seu impressionante lucro de US$ 84,3 bilhões, que mesmo apresentando uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, é um número que por si só, já diz muito. Mesmo estando longe das previsões super otimistas do ano passado, superou um pouco a previsão negativa feita pelo CEO da Apple Tim Cook em uma carta divulgada nos primeiros dias deste ano.
A grande diferença neste ano foram uma queda de 15% nos lucros do iPhone, que felizmente para a Apple foi compensada pela subida de outros produtos como Macs, com subida de 9%, wearables como o Apple Watch e os AirPods, com subida de 33% (essa conta também inclui acessórios e produtos para casa como o Apple TV e a caixa de som inteligente HomePod), e os iPads com uma subida de 17%, a maior nos últimos seis anos.
Os serviços da Apple como a App Store e o Apple Music, bateram um recorde de faturamento e atingiram US$ 10,9 bilhões, crescendo 19% em relação ao ano anterior, um resultado bem expressivo. O número de assinantes pagos do Apple Music já está em 50 milhões, o que é bem promissor. Os serviços são uma grande aposta da Apple para continuar tendo grandes lucros no futuro. Por enquanto, a empresa ainda continua muito dependente do iPhone, que teve lucros de US$ 52 bilhões, apesar da queda expressiva.
Uma boa notícia é que a empresa está mais preocupada com o custo dos iPhones em países emergentes como o nosso. Infelizmente para os brasileiros, aqui a questão é mais complexa, já que eles já custam muito, muito caro, então mesmo com um belo desconto, ainda deverão continuar inacessíveis para a maioria.
De qualquer forma, fica a nossa torcida para que a empresa consiga cobrar preços mais realistas, mesmo por aqui. É claro que a empresa está tomando a decisão de rever os preços do iPhone para tentar recuperar as vendas fora dos Estados Unidos, que continuam em queda, mas mesmo assim, pelo menos eles estão pensando no assunto.
Falando sobre o programa de troca de baterias de iPhone, o CEO Tim Cook disse que muita gente queria que ele fosse abandonado, para forçar a troca por modelos mais novos do iPhone, mas que a Apple optou por fazer o que achou certo para seus clientes. Sobre o futuro, o CEO aposta em uma flexibilização dos preços do iPhone fora dos Estados Unidos e também que as tensões entre os Estados Unidos e a China irão se resolver.
Algo que não foi apresentado ainda foi o braço de entretenimento da Apple, no qual a empresa vem investindo muito ao longo dos últimos anos. É bem provável que a empresa de Cupertino crie o seu próprio serviço de streaming, oferecendo todo o conteúdo que está criando no novo projeto.
Pra quem quiser, dá pra ouvir a call com a apresentação de Tim Cook e o CFO da Apple, Luca Maestri na Apple. Para ler a transcrição completa, é só clicar aqui.