Fungo Virtual: Muito Cuidado com os seus Arquivos Digitais!
Estamos sendo ameaçados por uma nova praga virtual que não pode ser combatida por um programa anti-vírus. Pesquisadores e professores de ciência da computação na Universidade Livre do Oeste da Califórnia estão chamando esta terrível descoberta de “fungo de computador”. Assim como os fungos, mofos e bolores que atacavam nossos negativos e fitas cassete há muito tempo atrás, o fungo de computador destrói o que temos de mais importante, nossos arquivos digitais de imagens, vídeos e músicas gravados no disco rígido do computador.
Antonio de Marco, que é pesquisador adjunto da Universidade Presbiteriana de Michigan, e foi o responsável pela descoberta desta ameaça, avisa que “ninguém pode ficar tranquilo só por ter tudo copiado em DVDs.” As pesquisas indicam uma perda média de qualidade de 7% por ano para imagens JPEG, 15% para arquivos TIFF e 4% para áudio MP3. E quanto menor for o bitrate do MP3, mais rápida será a sua deterioração. Além dos arquivos citados, também são atacados os vídeos no formato MOV (Quicktime) com 14% de deterioração anual, e também no formato AVI e DiVX, ambos com uma perda de 9% de qualidade a cada ano.
Arjun Radhakrishnan, doutor em Ciência da Computação em Stanford, avisa que o fungo virtual não tinha sido claramente detectado até agora por que seus efeitos são graduais e só podem ser notados a longo prazo. Ele cita o caso das músicas de péssima qualidade baixadas pelo Napster em 2000, arquivos de texto que aparecem com os caracteres trocados e também o caso dos arquivos de Photoshop que misteriosamente abrem com cores erradas e desbotam com o tempo, todos sintomas do temível fungo digital.
A causa e forma de transmissão deste mal virtual ainda permanece um mistério completo, mas existem teorias que apontam para uma maior incidência em casas que tenham mais de um computador no mesmo ambiente, como alguém que tem um desktop e um notebook no quarto, por exemplo. Quem usa o celular o tempo inteiro, assiste TV de plasma sem parar e vive com o ar condicionado ligado também está correndo riscos.
Para se manter livre do fungo eletrônico, segundo os cientistas, basta fazer pelo menos três cópias diárias de todos seus arquivos e guardá-los em mídias mais antigas e duráveis, como CD-R ou disquete, ou quem sabe naqueles velhos ZIP drives, além de copiar seus discos nos formatos DVD e Blu-ray para as velhas e confiáveis fitas VHS, além de imprimir em papel todas as fotos que você julgue importantes.
Maiores detalhes em breve aqui no DD. A imagem acima é apenas uma simulação, e foi encontrada no Flickr.
Update: Como você deve ter percebido, este post foi uma simples e inocente brincadeira de primeiro de abril!