Eonde: entretenimento on-demand, mas caaaaaro
Hoje é o lançamento oficial do portal da Eonde, com a presença de executivos da empresa, da Microsoft e da Intel, além de nós, jornalistas e blogueiros. O foco do portal é na área de entretenimento digital, mais especificamente para a compra e locação de filmes, seriados e games.
A idéia da Eonde foi germinada dentro da Intel, e contou com o apoio da empresa desde sua formação, um ano atrás. O portal foi desenhado para ser utilizado, principalmente, com o media center do Windows Vista, para que as pessoas possam usar do seu sofá, com um controle remoto. A Eonde foi desenhada para ter uma navegação simples e intuitiva, trazendo as vantagens digitais para um público não-especializado (leia-se sua mãe, que não tem medo do controle remoto mas não chega nem perto do computador da família).
Ainda, a Eonde também se propõe a ser uma comunidade, permitindo as pessoas criarem comunidades, conversar com outras pessoas durante a apresentação de um programa, criar resenhas e recomendações, como o Joost vem fazendo em beta, mas fora da tela do computador.
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Demonstração:
A máquina que a empresa está utilizando, para a demonstração, também é um lançamento: o X-Cube, da Megaware. Quadradinho, lindinho, fofinho, parece um Mac. É até branco!!! Tem Intel Core 2 Duo, 1 GB de memória RAM e HD de 250GB, gravador de DVD, placa de TV, controle remoto, dois teclados (um deles wireless), mouse…
Mas vamos à deminstração em si. O portal é limpo, com uma página de abertura com destaques do dia, um player lateral (que vira tela cheia) com comandos semelhantes ao de um DVD (pausa, FF e REW, etc.).
Selecionando-se um filme, navega-se para uma tela com conteúdo sobre o filme como sinopse, ficha técnica e cast.
Mas a Eonde não é só para filmes, eles também permitem baixar jogos (também com preview, um feature excelente).
O download do jogo é feito mediante pagamento em cartão de crédito. Atualmente eles só contam com Amex…
Remetendo ao passado próximo de perda de conteúdo digital por perda de HD, a Eonde disponibiliza um “locker virtual” que “guarda” informação sobre os seus conteúdos, então em caso de perda acidental dos seus dados você não precisa fazer a recompra. (nota da blogueira: aeeee!)
A comunidade é uma experiência importante, especialmente entre usuários brasileiros, e o site permitirá que as pessoas troquem experiências e recomendações. Mas por enquanto ainda não está disponível, o site ainda está muito básico e deverá passar por vários ajustes mesmo depois de lançado, segundo os executivos da empresa.
As Perguntas Que Não Querem Calar
Gravar DVD que eu baixei, para uso pessoal, pode?
O DRM permite uma cópia back up, ou seja, você pode gravar um DVD, mas que só pode ser visto na própria máquina em que você baixou o conteúdo. Existe uma discussão atualmente, nos EUA, para permitir a gravação de uma cópia (e somente uma) que permita a visualização em qualquer PC ou aparelho de DVD, mas ainda é só uma discussão, infelizmente.
Por que é tão caro?
O preço da compra de um filme é de R$ 39,90 a R$ 44,90 para lançamentos, e R$ 14,90 a R$ 24,90 para filmes de catálogo. Episódios de TV serão vendidos por R$ 5,90. Caro, muito caro. Especialmente pela falta do meio físico só poder ser visto no computador em que foi baixado. A justificativa foi reticente, mas basicamente os representantes da empresa se justificaram pelos acordos com as distribuidoras (atualmente só a Warner) e os custos fixos. Eles não cogitaram abaixar os preços, na verdade, Karl Loriega disse que assim como nas lojas físicas, promoções estarão em ordem e os preços serão ajustados de acordo com a demanda dos usuários. Meu questionamento é se haverão usuários com esses preços. Outra questão associada é se, na terra da pirataria, esse serviço tem saída. A resposta é que é importante ter serviços legalizados de download, e que as pessoas idôneas se interessam e reconhecem o valor da propriedade intelectual dos serviços, mas de novo, o preço assusta e afasta as pessoas da legalidade.
Veredito Final
Grande idéia, mas muito, muito caro. Acertaram em proporcionar uma plataforma ágil (desde que se tenha banda larga), user-friendly (tudo pelo controle remoto, de maneira bastante intuitiva) e bonita, porém as limitações de uso (acesso ao filme baixado somente por senha, e visualização apenas na própria máquina) e o preço não justificam o uso do serviço além da curiosidade em testar. Não basta ser conveniente, tem que ser competitivo. É a vida.